Rude golpe este que a vida me impõe.
Rude, áspero e aguçado…
Rude, triste e sujo…
Rude como uma palavra grosseira.
Áspero como uma coberta usada.
Aguçado como uma seta certeira.
Rude foi ao mandar-te embora
Mais rude ainda ao deixar-me aqui.
Rude, porque desespero a cada hora
Porque choro e anseio por notícias de ti.
Se pudesse pelo menos libertar-me…
Porque o meu amor tem asas
E não teme a noite que se avizinha.
Se pudesse pelo menos entender-me…
Deixar-me partir voando sobre as casas
Na rota que traçaram, a tua mão e a minha.
Regresso triste
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1 comentário:
1: Gosto MUITO da forma como escreves poesia. Já tive oportunidade de ler outras coisinhas tuas e a minha opinião mantém-se! A forma como brincas com as palavras é simplesmente soberba, quase como se a tua intervenção fosse mínima e as palvras sempre tivessem querido dizer aquilo que dizem agora.
2: O conteúdo... O conteúdo é sempre muito mais difícil de analisar...
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