Metáfora

Não desapareças já na madrugada fria.

Deixa-te ficar só mais um pouco,
As nossas mãos dadas, invisíveis.
Esse último vestígio do que quisémos ser
Que eu cerro com força para não mais largar.

Não somos mais do que fantasmas,
Nevoeiro fino aos olhos dos outros,
Coisa unilateral sem explicação.

Já sou só uma metáfora jogada ao vento.
Civilização de um ente só.
Sonho de sucessivas noites em claro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá. Reapareço numa tarde solarenta. Quero ficar para sempre junto de voçês (família), visível e invisivelmente, de uma maneira nada metafórica.
Quero ser uma ajuda real e visível e nada chata. Adoro viver convosco, de uma forma muito concreta e objectiva. Com alegria, com muitas viagens, com muita paz, com muito sol, com muitas vitórias do nosso glorioso.
Também, por vezes, somos e parecemos fantasmas. Em alguns casos, dá jeito. Noutros casos, parece mal. A sociedade está cheia de fantasmas, em excesso. Deveríamos conseguir mudar. Torná-la mais real, sensível, mais justa, mais transparente.
Estamos sempre a fazer ginástica acrobática para percerbermos as pessoas, os gestos, as expressões e as palavras.
Já me esquecia. Adorei o jantar dos teus anos. Estava uma excelente atmosfera.
Já estou a pensar nas nossas férias.
Bom fim-de-semana. BJS. SLB