O muro de Berlim


Somos, assim, vozes sem rosto,
Frases sentidas em lábios cerrados.
Estátuas vis, de bronze e desgosto
Monstros inertes, demónios criados.



Somos, assim, o esqueleto do muro
Feras de guarda, de sangue e terror
Rudes cortinas de ferro obscuro
Forjadas, erguidas no âmago duro
Das almas perdidas e plenas de dor. 




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